"Oi mãe, tô aqui na Pri estudando" Telefone, Fia do
No último sábado (13) rolou em Fortaleza a segunda edição do Coca-Cola Festival, evento de música voltado para o público jovem (tá, TEEN), que teve como atrações as bandas Fly, P9 e Bonde da Stronda. O ator e cantor Mika (ex-Rebeldes) fez as honras de anfitrião do festival, onde o mesmo foi atração musical na edição passada. Ei, deixa eu aproveitar que eu já tô falando da edição anterior pra parabenizar os organizadores do evento pela ideia GENIAL de utilizar aquele espaço gigantesco, que é o estacionamento aberto do Shopping Iguatemi de Fortaleza, como área para a montagem do festival. Espaçoso, confortável, acessível, seguro. Não que o Marina Park, local onde foi realizada a edição anterior do evento, não seja (apesar que a região do centro onde o hotel é localizado fica devendo um pouco quando o assunto é segurança e acessibilidade), mas, acordando com amigos que estiveram por lá, o Coca-Cola Festival foi feito praquele lugar.
Já estive em outros festivais patrocinados pela Coca-Cola e, se tem uma coisa em que os caras são feras, é nas ações. Lembro que já perdi shows de bandas que eu queria MUITO ver porque tava lá, amarradaço nos jogos e brincadeiras (sou assim mesmo gente, me deixa). E, para este evento em especial, o foco das ações era completamente voltado para as práticas esportivas. Tinha futebol, basquete, boliche, corda (com direito a promotores rodando pra você HAHA ♥). Pra quem tava numa pegada mais radical (o que não era o meu caso por motivos de: MEDO) também dava pra fazer escalada numa garrafa de Coca-Cola gigante que tinha por lá (mas era gigante MESMO). Outro esporte que a galera tava praticando, e que eu simplesmente morria de vontade de experimentar, era o slackline, mas, quando vi todo mundo caindo e pagando o maior King Kong da vida, passei direto e fingi que não era comigo.
Quanto a distribuição geral do espaço do evento, os organizadores, mais uma vez, acertaram em cheio, em especial quanto a localização dos estandes. Ações de um lado, banheiros do outro, opções de lanches por todos os lados, espaço lounge (pra quem não tá na grade e curte dar aquele espreguiçada entre os shows), mural (pra galera deixar o seu recado e tirar foto), enfim, não faltaram distrações e filas sequer eram formadas graças ao atendimento que, além de solicito (parabéns a empresa terceirizada que eu esqueci de perguntar qual era, rs), era bastante rápido. O único pecado ficou por conta dos lanches que tinham um preço bem salgado se relacionados as suas porções. Eu bem que quis comer alguma coisa, mas nem aqui e muito menos na China dou R$5 num mini-hot dog, num pedaço de bolo e tampouco num saco de pipoca. Vale ressaltar que eu tô falando do custo benefício. Já paquei mais caro em hot dog por aí, mas não era um hot dog e sim O HOT DOG. Bem, fica a dica pro ano que vem. Quanto as bebidas não tenho do que reclamar. Pelo contrário. Pago feliz R$3 numa latinha de refrigerante bem gelada e R$2 numa garrafinha d'água. Atenção outros festivais: sigam esta tabela HAHAHA ;D
Bem, agora vamos pros shows, né gente? Pra começo de conversa o que era aquele palco? DO-CA-RA-LHO! Sério, não menosprezando a minha cidade, mas eu não me senti em Fortaleza. Parecia que eu tava, sei lá, em São Paulo, num Lollapalooza ou Planeta Terra Festival (que, por falar nisso, cadê as edições "regionais" de 2014, gente?) da vida. Logo quando eu entrei tinha um DJ que nem esperou o festival começar direito e já foi logo abafando só com as melhores das FMs da vida. Rolou "Wiggle", rolou "Na Batida", e eu: - Gente, esse DJ é BÃO, hein? É, mas, infelizmente, os elogios ao set do cara ficaram só ali pelo pré-show mesmo (falo cara porque também não consegui memorizar o nome dele, rs). Nos intervalos dos shows, ao invés de levantar a galera, ele parecia que tava dando tipo um intensivão pra quem quisesse aprender a ser DJ ali mesmo, sabe? Era um mexe-mexe pra cá, um tira música na metade pra colocar jingle da Coca-Cola pra lá, e eu lá só comigo mesmo pensando: - Tá feio, tá escroto. Mas é isso aí. Pro ano que vem PELO AMOR DE DEUS apostem em algum talento que pelo menos saiba usar um CDJ. Em Fortaleza eu sei que tá assim de DJs talentosos. Tem Adrian Brasil, Marcio Peixoto, Alice Dote, Marcos BDR, Diego Eva... Olha aí! Já adiantei o trabalho de vocês em 200%, rs
Dando início oficialmente ao festival, os meninos da Fly subiram ao palco e, posso ser bem sincero com vocês? Eu só conhecia eles de vista, mais precisamente de um ou outro post que li na web e também da capa da edição de agosto da Atrevida, então, na verdade, eu não fui esperando NADA. Mas olha, os meninos me surpreenderam. Primeiro vocalmente, porque eles tem uma PUTA potência, e segundo visualmente, porque eles não são só um rosto, tá? Eles são um corpo também HAHAHAHA. Gente, o que foi aquilo quando eles tiraram a CAMISA? Acho que, só do meu lado, desmaiaram umas três. Já eu fiquei lá, né? Vidrado e vibrando, tipo quando fui ver Magic Mike no cinema. Tá, mas, voltando pro show, a uma horinha da Fly desenvolve bem. Eles começam com umas músicas mais animadinhas e daí, mais pra frente, partem pra baladas. Ah, e rola cover também. Adorei quando eles cantaram "Do Seu Lado" do Jota Quest por motivos de: essa eu sabia cantar HAHAHAHA (#maldosa). Falando sério agora, a Fly, de fato, sabe como entreter. Eles cantam, sensualizam, arriscam uns passinhos e ocupam muito bem o palco (mesmo sendo apenas três). Tão de parabéns! Já tô querendo outro show pra eu ficar na grade babando cantando!
E depois da Fly rolou o show da única banda que, de fato, eu conhecia e, relativamente, acompanho que é a P9. Tudo bem que o álbum deles não foi lá um dos mais executados por aqui, mas os dois primeiros singles e clipes dos caras me ganharam por eles mostrarem uma veia brasileira como ninguém antes (quando falo ninguém tô me referindo a outras boybands brasileiras). Muita gente ri e até debocha quando eu falo isso pelo fato deles cantarem em inglês, mas, vale ressaltar que eu estou me referindo aos vídeos, já que "My Favorite Girl" mostra pura e simplesmente o estilo de vida do jovem carioca e "Love You In Those Jeans" tem uma protagonista NEGRA ♥! É, mas, infelizmente eles não conseguiram levar metade desse gingado pro palco.
Diferente da Fly, a P9 se mostrou completamente desconectada e, por vezes, entediada. Fiquei sem saber se era preguiça, tédio, esgotamento. O que era? De um lado, um dos membros se comportava como se não fosse um dos cabeças da banda, como se estivesse ali única e exclusivamente para tocar sua guitarra e fazer backing vocal. Do outro, um enchia a boca d'água e cuspia nas fãs no intervalo de suas piruetas sem graça pelo palco. Os outros dois então, eu evitava até olhar pra não bater o sono. Sabe o que tava parecendo? O ensaio de alguma bandinha de colégio com dois dias de formação. Faltou voz, faltou atitude. Eles andavam de um lado pro outro mas não conseguiam preencher o vazio daquele palco. A salvação foi o cover de "Radioactive" do Imagine Dragons que valeu só pela lembrança. É, porque a execução também foi péssima. Eu sei que a P9 pode bem mais do que eles mostraram nesse show, agora eu só espero que eles não deixem pra mostrar quando for tarde demais.
Diferente da Fly, a P9 se mostrou completamente desconectada e, por vezes, entediada. Fiquei sem saber se era preguiça, tédio, esgotamento. O que era? De um lado, um dos membros se comportava como se não fosse um dos cabeças da banda, como se estivesse ali única e exclusivamente para tocar sua guitarra e fazer backing vocal. Do outro, um enchia a boca d'água e cuspia nas fãs no intervalo de suas piruetas sem graça pelo palco. Os outros dois então, eu evitava até olhar pra não bater o sono. Sabe o que tava parecendo? O ensaio de alguma bandinha de colégio com dois dias de formação. Faltou voz, faltou atitude. Eles andavam de um lado pro outro mas não conseguiam preencher o vazio daquele palco. A salvação foi o cover de "Radioactive" do Imagine Dragons que valeu só pela lembrança. É, porque a execução também foi péssima. Eu sei que a P9 pode bem mais do que eles mostraram nesse show, agora eu só espero que eles não deixem pra mostrar quando for tarde demais.
Lembro que já tinha ouvido falar sobre o Bonde da Stronda, senão me engano, pelo fato deles estarem com alguma música na trilha de Malhação. Ainda bem que arrependimento não mata, né gente? É, porque depois do show dos caras eu fiquei profundamente arrependido de não ter acompanhado a carreira deles desde o início. Que energia era aquela? Que músicas eram aquelas? Todo mundo cantando e eu ali com cara de bocó querendo saber as letras e nada. Como não tinha o que fazer me joguei do jeito que deu. Quanto ao setlist, era hit atrás de hit. É, porque não tinha uma só música que geral não acompanhasse em coro. Viciei logo de cara em "Mansão Thug Stronda", em parceria com o Mr. Catra, e na tal da "XXT" (se o Coca-Cola Festival fosse o Twitter, certamente "XXT" estaria no topo dos Trending Topics daquela noite) que fala sobre o orgão sexual feminino enquanto filosofia de vida para os cuecas: "XXT essa é minha senha / XXT fogueira da minha lenha / XXT sem ela eu tô morto / XXT combustivel do meu corpo". Então tá né, rs.
O show já estava em seus momentos finais e tudo prestes a terminar de maneira majestosa, não fosse o fato de Léo Stronda, um dos vocalistas do duo, ter parado tudo para um momento de "reflexão" com o público: - Hoje de manhã eu li uma notícia no jornal que me deixou muito triste (como eu não tinha lido nem assistido nada naquele dia pensei logo: - gente, quem morreu? kkk). A notícia dizia assim: 'O mundo é gay!'. Nessa hora geral ficou se olhando como quem diz: - Que porra é essa? Daí ele perguntou: -Vocês acham que o mundo é gay?. Sendo respondido por míseros 5% dos presentes com um envergonhado: - Nããããão!. Os demais que se calaram, podem até ter consentido, mas não integralmente. E, como se já não fosse papelão suficiente (acho que dava pra fazer casa pra uns 10 moradores de rua), ele ainda exclamou: - Se o mundo é gay, então eu sou de outro planetaaaaaa!. Depois dessa minha cara não só ficou, como atravessou o chão. Tudo bem que você seja adepto da xoxota como um estilo de vida mas, não só eu, como todos com quem já compartilhei essa história, acharam desnececyrus. Pra ser BEM sincero, ao final do discurso achei que, a qualquer momento, algum marombado ia virar e gritar: - Olha um viado! MATAAAAAA.... Pra quem achar um exagero da minha parte (em alguns momentos eu cheguei a me questionar se realmente estava tomando como ofensa algo que não tinha nada a ver), imaginem se um artista subisse ao palco e disesse: - Hoje de manhã eu li uma notícia no jornal que me deixou muito triste. A notícia dizia assim: 'O mundo é negro!'. Vocês acham que o mundo é negro? Se o mundo é negro, então eu sou de outro planetaaaaaa!. Não tô acusando o Léo de nada, mas achei relativamente ofensivo. Não sei se ele utiliza esse discurso em todos os seus shows, mas, tendo em vista que o Bonde da Stronda, com toda certeza, também tem fãs gays, acho que seria, pelo menos, delicado da parte dele, começar o discurso com um: - Sem ofensas....
O show já estava em seus momentos finais e tudo prestes a terminar de maneira majestosa, não fosse o fato de Léo Stronda, um dos vocalistas do duo, ter parado tudo para um momento de "reflexão" com o público: - Hoje de manhã eu li uma notícia no jornal que me deixou muito triste (como eu não tinha lido nem assistido nada naquele dia pensei logo: - gente, quem morreu? kkk). A notícia dizia assim: 'O mundo é gay!'. Nessa hora geral ficou se olhando como quem diz: - Que porra é essa? Daí ele perguntou: -Vocês acham que o mundo é gay?. Sendo respondido por míseros 5% dos presentes com um envergonhado: - Nããããão!. Os demais que se calaram, podem até ter consentido, mas não integralmente. E, como se já não fosse papelão suficiente (acho que dava pra fazer casa pra uns 10 moradores de rua), ele ainda exclamou: - Se o mundo é gay, então eu sou de outro planetaaaaaa!. Depois dessa minha cara não só ficou, como atravessou o chão. Tudo bem que você seja adepto da xoxota como um estilo de vida mas, não só eu, como todos com quem já compartilhei essa história, acharam desnececyrus. Pra ser BEM sincero, ao final do discurso achei que, a qualquer momento, algum marombado ia virar e gritar: - Olha um viado! MATAAAAAA.... Pra quem achar um exagero da minha parte (em alguns momentos eu cheguei a me questionar se realmente estava tomando como ofensa algo que não tinha nada a ver), imaginem se um artista subisse ao palco e disesse: - Hoje de manhã eu li uma notícia no jornal que me deixou muito triste. A notícia dizia assim: 'O mundo é negro!'. Vocês acham que o mundo é negro? Se o mundo é negro, então eu sou de outro planetaaaaaa!. Não tô acusando o Léo de nada, mas achei relativamente ofensivo. Não sei se ele utiliza esse discurso em todos os seus shows, mas, tendo em vista que o Bonde da Stronda, com toda certeza, também tem fãs gays, acho que seria, pelo menos, delicado da parte dele, começar o discurso com um: - Sem ofensas....
Uau! Foi texto pra caramba, né gente? E tinha mais, mas quando fui formatar o post, perdi quase dois parágrafos (uma parte de onde falo das ações e outra do P9, daí tive que puxar tuuuuudo da memória). Mas é isso! Espero que esse seja o segundo de muitos anos de Coca-Cola Festival (até porque Fortaleza não anda numa vibe muito boa quando o assunto é evento musical #SDDSCearáMusic&ArteMusicFestival). Espero que vocês tenham curtido (o post e o evento) tanto quanto eu. Não esqueçam de deixar seus comentários falando sobre o festival e de compartilhar o post com seus amigos. Até a próxima :)